domingo, 17 de janeiro de 2010

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DUCIOMAR E A TERCEIRA VIA

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O Texto abaixo. Sob o título citado acima, está publicado na página 2, do primeiro caderno do Jornal "O LIBERAL", edição desta sexta (15). É assinado por Raul Meireles, advogado e presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saaeb).
O Texto faz uma análise interessante sobre o cenário político atual para o Governo do Estado, que muita gente dúvida, mas que pode perfeitamente ocorrer. O que você acha? Deixe seu comentário sobre o assunto!!!
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Até as pedras sabem que o centro político das eleições de 2010 no Pará passa, necessariamente, pela intervenção de quatro personagens centrais: a governadora Ana Júlia (PT), o deputado Jáder Barbalho (PMDB), o prefeito Duciomar Costa (PTB) e o ex-governador Simão Jatene (PSDB). Da capacidade de articulação política que essas figuras tiverem, para lá se deslocará provavelmente a vitória do pleito.O ex-governador Simão Jatene, já com a candidatura lançada ao Governo do Estado, dos quatro, é o que está mais fragilizado. De um lado, porque sua trajetória político-eleitoral está indelevelmente ligada à figura do também ex-governador Almir Gabriel, que o arrancou das entranhas da burocracia governamental e o fez governador com a força gigantesca da máquina estatal, sem que ele tivesse sido submetido anteriormente a qualquer experiência pessoal de disputa eleitoral. Ocorre que o seu criador no passado é seu principal algoz no presente. Este fato lhe deixa extremamente vulnerável e amputa boa parte do apoio eleitoral que ele poderia agregar. De outro lado, porque, depois de 12 anos de poder no Estado, o PSDB elegeu apenas 13 prefeitos, o que corresponde a 9,1% em relação aos 143 municípios em disputa, portanto, muito abaixo dos 47 prefeitos eleitos em 2004, que significou, àquela altura, 32,9%, logo, teve um desempenho pífio nas últimas eleições municipais que lançaram as bases para este ano e agora colhe os frutos que plantou.A governadora Ana Júlia, também já colocada como candidata à reeleição neste ano, enfrenta dificuldades de diversas ordens. Desde o desgaste natural de ser governo, agravado pela inexistência de realizações expressivas, capazes de chamar a atenção da sociedade, passando pela falta de credibilidade frente a seus interlocutores, pelo fato de não cumprir os acordos que estabelece, até a brutal inexperiência e, mesmo, incompetência de seus operadores políticos, ora arredios ao diálogo, que é o principal combustível do fazer político, ora enredados num emaranhado de objetivos menores e pessoais, cujo foco está distante da preocupação de reelegê-la. Numa palavra: a maioria das tendências internas do PT, exceção feita à DS, corrente da governadora, precisam dela e do seu governo para eleger ou reeleger seus candidatos, mas não precisam necessariamente reelegê-la. Não é outra a razão pela qual tanto o PMDB, aliado de primeira hora, lança sinais bastante claros de que pretende abandonar o barco, quanto o PTB, que vinha num processo de aproximação, cada vez mais procura se distanciar dessa alternativa. Isso indica que a candidatura da governadora Ana Júlia, mantido o estado da arte, corre o risco de trilhar o perigoso caminho do isolamento, reduzindo suas chances de reeleição. Por óbvio que não se pode ignorar a força da máquina estatal e o seu poder de influência, quando essa se coloca em movimento, mas apostar apenas nisso é um erro político crasso. Não só de maquinários, tratores e implementos agrícolas vive o eleitor paraense.O deputado Jáder Barbalho convive com o dilema de ter que se decidir entre a candidatura ao Governo, ao Senado, ou continuar sendo deputado federal, hipótese pouco provável, mas que não se pode excluí-la do campo das possibilidades. Se fizer a opção pelo Governo, estará optando pelo PMDB, digamos uma posição mais partidária, pois na hipótese de vitória poderá acomodar os aliados que o acompanham ao longo desse tempo de maneira mais ampla e mais fácil. Se, por outro lado, disputar o Senado, estará fazendo uma opção de corte pessoal, pela qualidade de vida que aquela casa propicia aos seus membros, além do que terá mais tempo para olhar do Planalto o desenrolar da política local. No entanto, para tomar sua posição definitiva, precisa saber qual será a direção que o prefeito Duciomar seguirá. Jáder, certamente, não acompanhará no primeiro turno nem Ana Júlia, a menos que condições especialíssimas postas pelo Planalto consigam convencê-lo, tão pouco Simão Jatene, que não tem cacife político para atraí-lo. Resta-lhe, portanto, acompanhar de perto e com muito interesse o movimento que vem sendo concertado pelo bloco PTB/PR.O prefeito Duciomar, se olharmos pelo ângulo político-institucional, é o mais tranquilo. Ainda tem três anos de mandato, uma administração saneada sob todos os aspectos, com muitos recursos para investimento e com obras estruturantes em desenvolvimento, o que indica a probabilidade de fechar sua gestão em ascensão e administrar politicamente os dois anos que ficará sem mandato. No entanto, sua decisão não é menos complexa, pois dispõe de pouco mais de 60 dias para tomá-la. É muito provável que, como o PMDB, o PTB também não apoiará no primeiro turno nem Ana Júlia, muito menos Jatene. O que se tem observado, pelos movimentos do prefeito, é sua intenção de formatar uma articulação político-partidária, a partir do bloco PTB/PR, compondo com o PDT, do deputado Giovanni Queiroz, que já integra a administração municipal e não tem o menor interesse de criar dificuldades desnecessárias se unindo à candidatura de Ana Júlia, em razão do brutal desgaste que o governo estadual experimenta no sul do Pará, onde se concentra a principal base eleitoral do partido e do seu presidente, muito menos de se aliar ao candidato Jatene, cujas divergências suplantam o campo da política.Se Duciomar conseguir fechar essa trinca partidária, PTB/PR/PDT, terá grandes chances de atrair o PP, do deputado Gerson Peres, hoje ancorado ao governo Ana Júlia por falta de melhor opção. Ademais, se considerarmos que o prefeito dispõe de vários espaços no seu governo, bastantes atrativos, capazes de compensar a eventual perda que o PP terá se sair da SEAD, essa hipótese torna-se perfeitamente factível. Esse bloco agrega mais de 40 prefeituras no Estado, incluindo Belém, Marabá, Redenção, Castanhal, Capanema, portanto, pelo menos um terço dos votos do Estado. Diante desse fato, a pergunta que não quer calar é: o que fará o PMDB? Já dissemos que não apoiará no primeiro turno nenhuma das duas vias postas em disputa, PSDB e PT. Então? Vai aventurar colocando um “laranja” para disputar o governo e pôr em risco a eleição para o Senado do seu principal líder? Ou ele próprio se lançará candidato, sabendo que pode até chegar na frente no primeiro turno, mas não tem chance de vencer o segundo? Ou vai ancorar nessa terceira via, liderada pelo prefeito Duciomar, para garantir sua eleição ao Senado, que todos sabem é sua opção preferencial?A meu juízo, neste último cenário, Duciomar é candidato ao Governo e comandará um segundo palanque para a ministra Dilma Roussef no Pará.
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RAUL MEIRELES é advogado. (raulmeireles@oi.com.br )

Policiais de Abaetetuba descobrem área de cultivo de maconha em Moju

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Policiais civis, da Superintendência Regional do Baixo-Tocantins, localizaram, nesta sexta-feira, 15, uma plantação de maconha na rodovia PA-151, próximo da cidade de Moju, nordeste paraense. A roça estava em um terreno de aproximadamente quatro hectares.
O dono da área, identificado como Antônio Nunes, foi preso em flagrante e conduzido para a sede da Superintendência, no município. A operação policial foi realizada em cumprimento à ordem de missão expedida pela superintendente regional do Baixo-Tocantins, delegada Andrezza Martins Franco.
Ao todo, oito policiais civis participaram da ação. Os agentes partiram de Abaetetuba, por volta de 4h da manhã, com destino a Moju, com objetivo de localizar a plantação da erva. Peritos do Centro de Perícias Cientificas Renato Chaves acompanharam a equipe policial para realizar a perícia técnica no local.
Ao chegarem à região, por volta de 6h, os policiais se dividiram em duas equipes. Uma delas, após avistar vestígios de raízes da erva às proximidades de uma casa, entraram no imóvel. Após revista no local, os agentes encontraram três blocos da droga, em formato de tijolos, e outra parte já fracionada para venda escondida embaixo de um colchão.
Em seguida, os policiais efetuaram a prisão em flagrante do acusado. Nunes confessou aos policiais ser o dono das drogas e que as havia comprado de um homem, cujo nome e endereço alega desconhecer. Depois da prisão, os policiais foram junto com os peritos à procura da plantação de maconha.
Os agentes encontraram o terreno em que havia sido plantada a droga, porém os pés que foram plantados na área já haviam sido retirados. Segundo o chefe de operações da Superintendência, investigador Ronaldo Contente, havia ainda vestígios no terreno de que os pés de maconha foram recentemente colhidos pelos traficantes.
Parte da erva foi apreendida para perícia. Os policiais seguiram pela região em busca de outras possíveis plantações da erva até aproximadamente 10h, pois poderia haver mais maconha plantada junto às plantações de macaxeira. Contudo, nada mais foi encontrado. Os policiais retornaram à Abaetetuba, conduzindo o preso Antônio Nunes, que foi apresentado ao delegado Délcio Costa Santos. O policial autuou o preso por crime de tráfico de entorpecentes.
Da RedaçãoAgência Pará
Walrimar Santos - Polícia Civil do Pará